Senador defende 5 de outubro Dia de Luta pela Democracia Brasileira, data da promulgação da Constituição Federal em 1988
O senador Fabiano Contarato (PT-ES) defendeu no Plenário a criação do Dia de Luta pela Democracia Brasileira, a ser comemorado todo 5 de outubro, em homenagem à data da promulgação da Constituição Federal em 1988. Ele leu um artigo no qual entidades ligadas à ciência, ensino e pesquisa pedem a criação da data, que será destinada a “educar as pessoas sobre a democracia, em especial as que não conheceram o regime ditatorial”.
— O preço da democracia é sua eterna vigilância. Nós tivemos um período muito tenebroso, em que defender a ciência foi um trabalho hercúleo, defender o sistema de saúde foi um trabalho que mexeu com todos nós, um momento de ataque às instituições, de ataque à Ordem dos Advogados do Brasil, de ataque aos movimentos sociais, criminalizando ONGs, participação de movimentos antidemocráticos para fechar o Supremo e o Congresso — recordou o senador.
Assinam o artigo o professor da USP Renato Janine Ribeiro, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e ex-ministro da Educação do governo Dilma; a presidente da Associação Nacional de Docentes de Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Márcia Abrahão; a presidente da Academia Brasileira de Ciências, Helena Bonciani Nader; e o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas, Fábio Guedes Gomes.
No documento, que recebeu apoio de outras dezenas de entidades, os autores afirmam que as crianças e jovens devem ser educados “para repudiarem tirania, ódio, preconceito, e abraçarem a fraternidade, a liberdade, a igualdade de direitos”. E pedem que todos os professores e estudantes realizem atividades explicando o que é democracia na data comemorativa.
“Queremos mobilizar a área educacional e cultural; educar as crianças pequenas a cooperar mais do que disputar, a firmar alianças mais do que antagonismos; ensinar às crianças do ensino fundamental os valores básicos da ética, do convívio criativo, dos direitos humanos; formar os jovens cidadãos do ensino médio, muitos deles já eleitores, para defenderem suas ideias e interesses pela discussão, pela organização, pelo voto, nunca pela ofensa e pela agressão. Queremos recuperar o Brasil vinculado ao coração, ao afeto, ao acolhimento ao estrangeiro e ao diferente”, leu Contarato.