A abertura dos Jogos Rio 2016, ocorrida na noite de 5 de agosto, continua alimentando manifestações positivas de formadores de opinião. No texto Rio, medalha de ouro, publicado na coluna Opinião do jornal O Globo deste sábado (13), a escritora Rosiska Darcy de Oliveira afirma que o Rio de Janeiro "continua sendo essa fonte de criatividade que espelhou a cultura brasileira com impecável fidelidade e refundou uma autoestima que andava perdida em um povo desencontrado". A escritora afirma que não somos uma potência econômica ou militar, "nossa única força, imbatível, é justamente a cultura": "O Brasil é uma potência cultural, o que ignoravam todos os que anunciaram, antes do tempo, só catástrofes e fracassos". Essa potência pôde ser contemplada, defende Rosiska, na cerimônia de abertura.
Já Martha Medeiros, no texto A arte salva – publicado na Revista O Globo deste sábado (14) -, reforça que "a já remota cerimônia de abertura da Olimpíada do Rio deixou claro que música, dança e teatro não são supérfluos, que precisamos de um Ministério da Cultura forte e valorizado, e que arte também é uma religião". Segundo a escritora, a arte possibilita a comunicação instantânea entre povos que não falam a mesma língua e não têm os mesmos costumes: "A arte acessa em cada um de nós uma emoção que suplanta as mesquinharias triviais e cotidianas. (...) Através da arte, nos aproximamos de outras vivências e combatemos nossos preconceitos. A arte é empática. Elimina fronteiras". A escritora ainda defende o investimento das escolas na cultura e finaliza: "Se religião é crer, eu creio na arte. Ela não promove guerras, intolerância, terrorismo, repressões. Ela apenas retribui nossa crença nela, fazendo com que acreditemos em nós também".