O papa Bento XVI afirmou hoje, ao se encontrar com políticos de Roma e da região de Lazio, que o "ser humano" deve estar sempre "no centro da ação política", para que as exigências sociais sejam atendidas.
O Pontífice recebe os governantes locais tradicionalmente no início do ano. Desta vez, o líder católico ressaltou a necessidade de os políticos trabalharem para promover o "crescimento moral e espiritual" da "comunidade civil".
"É fundamental que aqueles que receberam da confiança dos cidadãos a alta responsabilidade de governar as instituições tenham como prioridade a exigência de buscar constantemente o bem comum", enfatizou Bento XVI em seu discurso.
Segundo o Pontífice, o bem comum "não é algo buscado para si próprio, mas para as pessoas que fazem parte da sociedade e que só nela podem real e mais eficazmente alcançar o seu bem".
Nessa linha, o Papa pediu aos políticos que incentivem uma maior "socialização" das pessoas, "evitando assim que surjam e se incrementem o fechamento no individualismo e a atenção exclusiva aos próprios interesses".
Bento XVI criticou assim os "bairros dormitórios", que são cada vez mais fechados e impedem o convívio social de seus habitantes. O líder católico também elogiou os "esforços realizados [pelos políticos] para ir ao encontro das faixas mais frágeis e marginalizadas da sociedade".